Fávaro reduziu o Mapa a um puxadinho da Esplanada

Fávaro reduziu o Mapa a um puxadinho da Esplanada

Saiu na última sexta-feira a tão aguardada resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), que regulamenta a liberação dos R$ 12 bilhões da União para auxiliar os produtores a negociarem suas dívidas.   

São duas as linhas de crédito criadas para essa finalidade: a de R$ 12 bilhões, com juros controlados, e outra com recursos dos próprios bancos e com taxas livres.

Esses recursos não são exclusivamente para atender a agropecuária gaúcha, mas a brasileira afetada em outras regiões pelo excesso de chuva ou pela falta dela. Pelas seguidas perdas, a maior fatia dos recursos deverá ser utilizada no Rio Grande do Sul.

Mas para os gerentes dos bancos começarem a dispor desses valores é necessário ainda a publicação de uma circular do BNDES, informando o formato das operações e isso deverá ocorrer nessa semana.

Os recursos, ainda que insuficientes são bem vindos, pena não terem sido liberados na hora certa. Essas negociações começaram no segundo mês deste ano, quando as dificuldades de mais de 65 mil produtores já eram claras. E os bancos vão começar a liberar novos créditos para os produtores numa perigosa margem de tempo, já que está começando mais uma temporada de plantio.

O atraso já tem e terá duros efeitos. Parte desses produtores irá plantar mais tarde, o que significa comprometimento de produtividade. Outros sequer vão conseguir plantar, por total falta de condições.

Isso tudo poderia ter sido bem menos traumático caso os produtores tivessem sendo melhor representados no governo.

"A gestão do político mato-grossense Carlos Fávaro no Ministério da Agricultura é submissa, omissa e negligente, o que faz dele ser um dos piores ministros desta pasta da história da República"

Com Fávaro o antes celebrado templo de resoluções que era o Mapa, se reduziu a um puxadinho burocrático da Esplanada, uma subsede do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). E até que Paulo Teixeira não fez tanta força para isso. É que o rival é fraco mesmo.