O arroz será pauta duma reunião na tarde deste segunda-feira (13), em Porto Alegre. Proposta pela Comissão do Arroz da Assembleia Legislativa, a audiência irá ouvir representantes dos elos da cadeia produtiva e contará com a participação de agentes públicos.  

Essa audiência, que terá a nossa cobertura, deverá ser concluída com a elaboração de uma lista de medidas a serem encaminhadas às esferas de governo estadual e federal. Serão sugestões de natureza estrutural e conjuntural, com efeitos a curto prazo. A isenção da Taxa CDO para o arroz que é exportado é uma delas.  

Fixada hoje em R$ 0,89 por saca, a eliminação desse encargo daria mais competitividade extra ao arroz gaúcho. A aprovação depende do governo estadual, mas este estaria disposto a abrir mão de receitas? De Brasília, que poderia muito ajudar, pouco se espera, dadas as dificuldades de relação entre governo e produtores.  

Mas como é sempre complicado esperar por governos, o setor precisa fazer a sua parte. Um plantio calibrado à oferta, associado à formação de uma consciência exportadora permanente precisam constar no manual de safra dos arrozeiros. Postura estratégica que se fosse adotada em 2024, quando a Federarroz já recomenda a limitação de área, talvez tivéssemos agora um outro cenário.

Estratégia que também faltou no início deste ano, como lembrou o presidente do Conselho Consultivo da Federarroz, Alexandre Velho, na mesa redonda que o programa Conexão Rural promoveu no último sábado (11).

Velho lembrou que em fevereiro, por falta de um maior interesse, apesar da informação e orientação da entidade, se deixou de carregar sete navios com arroz. A operação acabou sendo feita com arroz paraguaio, uruguaio e argentino.  

“Se tivéssemos deixado de plantar esses 230 mil hectares excedentes da última safra e exportássemos esses 4 milhões de sacos, estaríamos nesse patamar de preços que estamos hoje” questionou Velho.

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