Após reunião entre os presidentes Trump e Xi Jinping, na Coreia do Sul, foi anunciada, em tom festivo, pelo presidente norte americano a retomada da compra da soja do seu país pelos chineses.

Coube ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciar as quantidades: 12 milhões de toneladas de soja entre esse final deste outubro até agosto de 2026. E 25 milhões de toneladas por ano nos próximos três anos.

Um dia antes, na quarta-feira, a estatal chinesa Cofco comprou três cargas de soja americana que chegaram a 180 mil toneladas. Ou seja as negociações já vinham sendo feitas antes que os presidentes mais poderosos do mundo se reunirem.

Faltam informações mais precisas sobre o que foi acertado e os dados carecem de precisão, mas por exemplo, serão 25 milhões de toneladas por ano safra ou ano comercial? Nesse volume de 2026 já se coloca na conta esses 12 milhões que começam a ser embarcados agora?

Seja como for, nesta quinta-feira, os contratos de soja com vencimentos para 2026 tiveram uma alta 2,3% em Chicago.

"E no Brasil, assim como se deu nesse período de bloqueio da soja americana pela China, não se registrou grandes mudanças nos prêmios e o mercado continua volátil"  

Mesmo sendo forjado mais pelo componente político do que o de mercado, e com as quantidades podendo ser diferentes das anunciadas, o acordo não tem nada de positivo para a soja brasileira e seus produtores, que ainda têm estoque para negociar da safra 2024-25. O acordo de ontem também pressionará naturalmente os preços da safra nova.

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