COP 30: qualquer ação passa pela economia

COP 30: qualquer ação passa pela economia

Começou a tão aguardada Cúpula do Clima das Nações Unidas, a COP 30 do Brasil. Desde essa segunda-feira (10) até o próximo dia 22, um sábado, cientistas, lideranças, políticos, ativistas, empresários e profissionais das mais variadas áreas estarão em Belém, no Pará, para discutir soluções regionais, nacionais e globais para reduzir a descarbonização do planeta e a escalada do aquecimento global.

É difícil prever ainda o que essa conferência vai decidir em relação a ações, metas e políticas de mitigação daqui para frente. O fato é que é que ainda há um déficit de implementação de acordos já fechados nas Cops anteriores e o negacionismo conveniente das maiores potenciais mundiais atrapalha os avanços.  

E é esse o ponto de partida de toda a discussão sobre o clima. Os países ricos não querem comprometer suas economias para desaquecer a terra; já os pobres precisam ser financiados para promover mudanças em suas matrizes produtivas para se adequarem às normas ambientalmente corretas.

"O próprio país-sede da COP é um exemplo dessas contradições, quando o seu presidente da República cobra na conferência o fim dos combustíveis fósseis logo após comemorar a liberação da licença ambiental que permite a Petrobras explorar petróleo na Foz do Rio Amazonas"

O fato é que não existe mais como negar a mudança do clima no mundo, estudado e comprovado à exaustão pela ciência.  E isso todas as regiões do planeta sentem, em maior ou menor grau. Começar a reverter essa realidade que a humanidade mesmo criou é o desafio desses homens e mulheres que estão reunidos em Belém.  

Torçamos que ao fim a COP 30 muitas soluções sejam bem encaminhadas, dentro do bom senso e de uma dinâmica que priorize mais a prática do que a teoria.

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A coluna diária de Alex Soares é reproduzida também em áudio para os programas Primeira Hora e Redação Acústica (Rádio Acústica FM), Bom Dia Cidade e Boa Tarde Cidade (Rádio Tchê São Gabriel) e Jornal da Manhã (Tchê Alegrete). Ouça abaixo

Comentário 11 de Novembro de 2025