Multimídia: a 29ª Abertura da Colheita em videos, áudios e texto

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A 29ª Abertura oficial da Colheita do Arroz 2019 tem dois pontos a serem sublinhados: a sua impecável organização e o protagonismo da parte técnica desta edição. Dentro disso, dois nomes precisam ser destacados,: um é o do agrônomo e coordenador do Irga Zona Sul André Mattos. É dele a assinatura das vistosas parcelas de lavouras, que encheram os olhos dos produtores e demais visitantes. O outro é o da publicitária e coodernadora da abertura Angela Velho, que liderou de forma tranquila e eficaz o evento, junto à sua equipe.  

Ao contrário da abertura de 2018, a deste ano foi destensionada, sem protestos inócuos e constragedores. Mas tranquilidade é uma coisa que o arrozeiro não conhece muito. Na mesma velocidade em que a safra começa a ser despejada nos graneleiros, as incertezas latejam na cabeça da maioria dos produtores. E o quanto irá render o trabalho de meses é a principal delas. E essa é uma resposta que ninguém sabe dar. (Confira as entrevistas e o programa do último sábado, abaixo).

Nestes três dias de evento,  a tomografia da atividade não é positiva. Os custos altos para produzir arroz, combinados com uma série de outros fatores extra-lavouras, como burocracia, omissão e desinteresse daqueles que deveriam proteger e promover a produção deste grão, tão vital à alimentação nacional, gera desânimo. Mas não é toda a cadeia do arroz que sofre. Aliás, algo de muito errado existe. É inconcebível que num mesmo negócio, num mesmo país, uns se desenvolvam tanto e outros patinem permanentemente ou parem. 

Mas a história vive de ciclos. A agricultura idem. A impermeável convicção dos arrozeiros no seu produto começa a dar lugar a um olhar mais democrático, mais amplo, mais racional. Talvez o dia em que as indústria tenham que encher suas embalagens com a maioria dos grãos vindos de fora, os "expertis" se darão conta do quanto ajudaram a expurgar uma atividade. 

É oportuno também destacar que o produtor vive um momento de otimisto com relação às justiças a serem promovidas pelo novo governo. A aposta é grande no presidente Jair Bolsonaro e na sua equipe com relação às tão sonhadas ações que reestabeleçam a justiça para quem produz. Paira também uma expectativa boa quanto à remuneração por causa da conjuntura formada por baixa oferta e diminuição de área. E não era para ser assim também, pois vender melhor porque colegas de atividade ficaram para trás é um péssimo sinal.  

No mais, nenhum anúncio substancial, apenas um requentado de antigas demandas e o evento abriu e fechou sem termos o nome do novo presidente do Irga. No final da solenidade de sexta-feira, que contou a participação do governador Eduardo Leite, do secretário nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Alceu Moreira, o secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho disse ao Conexão Rural Broad Cast que o nome do comandante do Irga só vem depois do Carnaval. Ténicos e produtores aguardam. 

A Abertura da colheita do arroz deste ano foi a tradução fiel da vida real do produtor. A lavoura vai bem, obrigado. O problema é o antes e o depois. Em sua manifestação, na solenidade, o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, observou o Rio Grande do Sul tem a segunda maior produtividade do mundo em áreas de mais de um milhão de hectares de arroz e, ao mesmo tempo, os piores preços e competitividade, assim como a menor renda. 

“O brasileiro se alimenta de forma muito barata, especialmente de arroz, na comparação com outros países, e quem está pagando isso é o produtor rural. E só se tem preço quando ocorre quebra de produção”, disse Dornelles.

Foto: Divulgação Federarroz 
 

Programa Conexão Rural, 23.02.19 Parte 1
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