Acordo emperra e Trump anuncia nova taxação aos produtos chineses

Acordo emperra e Trump anuncia nova taxação aos produtos chineses

O presidente dos EUA anunciou, neste domingo, que vai aumentar de 10% para 25% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos importados chineses. Num efeito imediato, as bolsas abriram em forte queda principalmente na Ásia e, sobretudo na China.

A bolsa de Xangai e de Shenzhen chegaram a cair 5%, a de Hong Kong caía 2,44%.A bolsa de Tóquio não funcionou  devido a um feriado nacional.  As bolsas de Taiwan, de Singapura, Austrália e Indonésia operaram também em baixa. Na Europa, as bolsas também foram afetadas pelo anúncio.

"Por dez meses, a China tem pagado tarifas para os EUA de 25% sobre US$ 50 bilhões sobre os produtos de alta tecnologia e 10% sobre US$ 200 bilhões de outros produtos", disse Trump ao anunciar que "os 10% vão subir para 25%". 

Ele falou também que outros US$ 325 bilhões em produtos da China importados pelos EUA continuam sem tarifas, "mas serão em breve" taxados em 25%.
O presidente americano também lamentou que as negociações comerciais entre os dois países estejam avançando lentamente. 

Resposta dos chineses
Apesar da ameaça, um porta-voz chinês disse que uma equipe de Pequim está "se preparando para viajar para os Estados Unidos" para continuar as negociações comerciais e "tentando obter mais informações" sobre o anúncio de Trump.

Guerra comercial
Há anos, os EUA reclamam que a China gera ao país um considerável déficit comercial. O combate aos produtos "made in China" é uma bandeira de Trump desde a campanha presidencial de 2016.

A meta do governo Trump era reduzir em pelo menos US$ 100 bilhões o rombo com a China.os  dados oficiais dos EUA apontam para um déficit de US$ 375 bilhões ao ano.

Nick Twidale, analista da Rakuten Securities citado pela agência Reuters, diz que a decisão de Trump "tem o potencial de ser um verdadeiro fator de mudança" no ânimo dos mercados.

"Ainda há uma questão de saber se este é uma das famosas táticas de negociação de Trump ou se vamos ver um aumento drástico nas tarifas", afirma Twidale. 
"Se for o último, nós veremos uma pressão enorme de queda em todos os mercados", completou. 

(Fonte: Agência Reuters)