A indústria brasileira de arroz é um exemplo de prosperidade

Entre janeiro e dezembro de 2017, o volume de arroz em casca exportado pelo Brasil foi de 870.7 mil toneladas, 7% abaixo do montante embarcado no mesmo período do ano passado, quando atingiu 934.7 mil toneladas (base casca). Já o volume de arroz importado pelas indústrias do país atingiu 1.1 mil T toneladas - 10% acima do montante registrado em 2016. A diferença, portanto, é de 266.1 mil t - o que dá ao Brasil a classificação de importador líquido de arroz, de acordo com dados divulgados pela Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica.
O déficit de 2017 ficou bem acima do registrado no ano anterior. Em 2016, as importações brasileiras de arroz já haviam apresentado forte incremento. Com o expressivo aumento de importações em 2016, a balança comercial do produto (em volume) já tinha acumulou um déficit de 101.7 mil t.
Os números são prova da eficiência da indústria do arroz nacional na hora de fazer bons negócios. E não é à toa que esse setor vem passando incólume pela crise. Infelizmente, situação bem diferente vive o produtor, que cada vez se distancia mais das linhas oficiais de crédito e que fez esforço descomunal para semear sua safra este ano. Segundo dados oficiais, mais de 70% dos arrozeiros estão á margem do financiamento oficial. Competência de um lado, ineficiência do outro? Não. Apenas um mero efeito colateral.
Em tempo: e isso que estamos falando apenas da base casca. Muito arroz entrou este ano nas fronteiras brasileiras já embalado, a partir de misteriosas triagulações.
Por Alex Soares