RS pode ficar livre da vacinação anti-aftosa antes do prazo do Mapa

RS pode ficar livre da vacinação anti-aftosa antes do prazo do Mapa

Em disposição unânime, representantes de produtores, indústrias e o Governo do Rio Grande do Sul decidiram pedir ao Ministério da Agricultura a realização de uma auditoria com vistas a antecipar a retirada da vacinação contra a febre aftosa.  Em reunião no Centro Administrativo na tarde desta terça-feira (26), o vice-governador José Paulo Cairoli e as principais lideranças do segmento aprovaram com uma salva de palmas a iniciativa. 

“Não podemos esperar 2023” , disse José Paulo Cairoli, vice-governador,  referindo-se ao calendário proposto pelo Mapa para a retirada da vacina no Rio Grande do Sul.

“Vai renovar ânimos e aumentar a disposição do setor com a visualização de novos mercados. Também reforça a importância da responsabilidade compartilhada, pois assim como foi uma decisão de todos, depende do trabalho de todos para ser consolidada”

 

Rogério Kerber, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa),  ao alertar que o pedido de antecipação tem efeitos imediatos nas cadeias produtivas. 

“Um amadurecimento importante de todas as entidades. Demonstra que o sistema de defesa vem fazendo um trabalho importante no cumprimento das metas do Mapa. É um divisor de águas”

Ernani Polo, secretário da Agricultura, Ernani Polo.

Conforme o superintendente do Mapa no RS, Bernardo Todeschini, o próximo passo é o governo gaúcho expedir uma consulta ao Departamento de Saúde Animal em Brasília, para o agendamento de uma auditoria.

O Rio Grande do Sul é área livre de febre aftosa com vacinação. O último caso da doença foi registrado em 2001. A vacinação contra a febre aftosa é fator de restrição para a exportação de carne bovina, suína e de aves para diversos mercados. Países como Japão e Estados Unidos já importam carne de Santa Catarina, que é área livre de febre aftosa sem vacinação. 

(Colaboração: Tais D’Ávila)