Mapa libera recursos para compra de mais de 1,2 milhão de toneladas de arroz

Da reunião que tiveram na tarde desta terça-feira (30) em Brasília, com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Neri Geller, os presidentes da Farsul, Gedeão Pereira, e da Federarroz, Henrique Dorneles, saíram com um providencial anúncio. O governo federal irá executar leilões públicos com objetivo de escoar um estoque que pode chegar a 1,200 mil toneladas. Para isso, o Mapa irá despender de R$ 100 milhões, através dos mecanismos Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e PEP (Prêmio de Escoamento de Produto).
O anúncio foi confirmado agora há pouco ao Conexão Rural pelo presidente da Farsul, Gedeão Pereira. Ele acontece às vésperas do início de mais um início de colheita e em meio a um momento insuportável para os produtores por causa dos baixos preços do arroz em função do excesso de oferta.
Também em contato com Conexão Rural, o presidente da Federarroz, Henrique Donelles informou que os leilões (ou um único leilão) serão imediatos e talvez já estejam executados antes da abertura oficial da colheita, que começa no dia 21 de fevereiro, em Cachoeirinha. E também, segundo o dirigente, tem a possibilidade da aquisição de mais 200 mil toneladas via AGF (Aquisições do Governo Federal) após os leilões. Essa última operação, entretanto, dependeria dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento.
O Ministério também confirmou o início imediato do trabalho de fiscalização nas fronteiras ao arroz que entra dos países vizinhos.
O anúncio desta terça-feira também é um elemento extra à pauta de uma manifestação de arrozeiros, que ocorre nesta quarta-feira, em Restinga Seca, no centro do Estado.
Por Alex Soares