* Por Vitor Azambuja

A paralisação dos caminhoneiros no Brasil, que afeta a todos nós, é um recado para que paremos de apenas reclamar do preço do combustível, e comecemos a defender posição e façamos algo pra mudar a realidade.

Pagamos hoje, um dos impostos mais caros do mundo, pagamos taxas abusivas, tributos excessivos, o retorno em forma de serviços públicos é quase zero e a grande maioria segue de cabeça baixa, como uma boiada em direção do abate. 

Os burocratas e políticos individualistas, no alto de suas cadeiras de couro e salas climatizadas, ditam os preços que pagaremos no combustível e tantos outros bens e serviços. 

Será que é dever do Estado vender combustível? E mais, será que é justo um país em que apenas o Estado pode vender combustível? Combustível adulterado e misturado com muito álcool. 

Se um dono de posto resolver vender gasolina pura, ele será preso por falsificação de combustíveis, o Estado é aquele cara que “manda e não pede”, cada vez mais.

Privatização deixou há muito tempo de ser um “palavrão” no Brasil, mas tem que passar a se tornar realidade, nos municípios, nos estados e na união. 

O rombo bilionário que deram na Petrobrás, parece não nos ter sido suficiente. Foi preciso uma paralisação de caminhoneiros, dos quais dependemos para se locomover e se alimentar, para lembrarmos do peso do Estado em nossas costas.

Privatizem a Petrobrás, permitam a entrada de multinacionais do combustível no Brasil, abram o mercado. Enxugando gastos públicos, reduzindo impostos e gerando renda e muitos empregos. Permitam que possamos escolher de quem queremos comprar gasolina, a mais barata, a de melhor custo benéfico, enfim, permitam que possamos escolher quais bens e serviços queremos consumir ou contratar.

Hoje, os que produzem muito e pagam abusivos impostos, estão parados devido ao canetaço daqueles que nada produzem e roubam os dinheiros dos impostos que pagamos. 

Cortem os super-salários que existem no funcionalismo. Cortem os gastos com excessivos 513 Deputados e 81 Senadores, muitos deles, incompetentes e corruptos. Cortem o auxílio-moradia dos juízes. Cortem as super-aposentadorias. Cortem na raiz muitos gastos absurdos que temos que bancar com as empresas estatais. 

E depois sim, venham com a desculpa de que não podem cortar impostos! 

* Artigo publicado na coluna Opinião do jornal Zero Hora desta sexta-feira, 25 de maio de 2018.