Participei na última segunda-feira (18) do ato de anúncio dos valores que o Sicredi disponibilizará para o crédito rural do próximo ciclo de safra. Serão R$ 14, 1 bilhões, sendo que 6, 9 bi destes serão destinados para a produção do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. São R$ 4,5 bi a mais do que o seu Plano Safra de 2017-2018. A meta é aumentar o volume de contratos em 12%, chegando a 214 mil operações de crédito no Brasil, sendo 114 mil delas no RS e em SC.

No aguardo das portaria do governo para fixar a taxa de juros para agricultura familiar, já que para a empresarial ficará na casa dos  7%, o diretor-executivo do Sicredi, Gerson Seefeldt (ver entrevista abaixo) diz que o mais importante é o produtor ter disponibilizados os recursos para hora que ele precisa investir.

Chama atenção o baixo índice de inadimplência na carteira de crédito da cooperativa, que em 2017 chegou a 1,5%.  Para Seefeldt isso se deve a relação diferenciada com os clientes, que preza sobretudo pela responsabilidade. Uma peculiaridade do sistema é que parte dos lucros é dividida com os associados, que são todos os correntistas.

Após fincar bandeira no coração financeiro do país, quando inaugurou agência na Avenida Paulista em 2017, em abril deste ano foi a vez de Brasília receber o Sicredi, primeira cooperativa de crédito brasileira, nascida há 118 anos na Serra gaúcha, mas que bombou sua expansão mesmo a partir dos anos 1990. O plano de voo da cooperativa prevê  abrir 60 novas unidades de atendimento no Brasil em 2018. Além da ampliação física, Seefeldt comenta que uma das prioridades é investir em tecnologias digitais.

Veja a entrevista com o diretor-executivo do Sicredi: