Presidente da Farsul critica frigoríficos e diz que exportações têm sido a tábua de salvação

Em entrevista ao Conexão Rural, nesta quinta-feira (5), o presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Gedeão Pereira criticou a posição do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs), que publicamente se posicionou contrário à exportação de gado em pé.
Em Camaquã, após a posse da nova diretoria do Sindicato Rural local, Gedeão disse ser "equivocada" a postura dos frigoríficos e comentou que a liberdade de mercado deve funcionar para os dois lados, já que "as empresas podem importar quando e de onde quiserem".
Gedeão lembrou que em 2016, durante a crise da indústria, provocada pela operação Carne Fraca e pelos efeitos da delação dos donos da JBS, os frigoríficos gaúchos aproveitaram a maior oferta de gado no país e foram às compras no Brasil Central. "Na época, a Farsul foi cobrada para uma tomada de posição, já que isso estava afetando os negócios dos criadores gaúchos. Naquele momento, me coloquei contra qualquer ação, já que as empresas estavam exercendo o seu direito de livre comércio", lembrou o dirigente, estranhando agora que os frigoríficos e o seu sindicato não façam o mesmo.
"Liberdade só vale para um lado, então, é?", ironizou ele ao classificar a opção de venda externa do gado em pé de "tábua de salvação dos pecuaristas gaúchos.
Confira em vídeo o que disse Gedeão Pereira: